O número de espectadores em corridas de toiros em Portugal aumentou pelo segundo ano consecutivo, numa demonstração inequívoca e incontornável da força desta atividade cultural no País. Ao longo de 2018, mais de 440 mil pessoas assistiram a corridas de toiros, ou seja, mais 5 mil do que os 435 mil registados em 2017. Este crescimento reflete-se também na média de pessoas por corrida: em 2014 era de 2240, quando em 2018 foi de 2654. O Campo Pequeno, em Lisboa, foi a praça com mais público (77 mil) em 2018, mais 15 mil do que em 2017.
Albufeira, tal como em anos anteriores, é a cidade com mais espetáculos (25), seguida de Lisboa (14) e Vila Franca de Xira (12). No que diz respeito à taxa de ocupação em corridas de toiros, a região Norte do País lidera destacada com 91 por cento, contrariando a ideia falsa de que não há afición acima do Mondego. A região dos Açores regista uma taxa de 71 por cento, seguindo-se Centro e Alentejo, ambas com 69 por cento. De norte a sul do Continente e também nas Ilhas houve espetáculos tauromáquicos em todos os distritos, com exceção para Aveiro, Braga e Vila Real. A confirmar a fortíssima adesão da afición nortenha, as corridas de toiros realizadas nos distritos de Viseu e Viana do Castelo registaram 100 por cento de ocupação e no Porto 98 por cento. O distrito do Porto tem o maior crescimento nacional na taxa de ocupação em corridas de toiros passando de 44% (2017) para 98% em 2018. A vitalidade da Tauromaquia em Portugal fica também espelhada nos resultados obtidos na transmissão televisiva de quatro corridas (3 na RTP e 1 na TVI). A média acumulada de telespectadores passou de 1.8 milhões em 2017 para 2 milhões em 2018. A Corrida da TVI obteve uma média de 600 mil telespectadores e chegou a ser vista por 1.8 milhões de telespectadores. Já a Corrida de Gala, transmitida a 11 de outubro na RTP, foi a corrida com maior audiência média desde 2013, com 530 mil telespectadores. Luís Rouxinol, Marcos Bastinhas e João Moura Caetano, respetivamente com 35, 31 e 27 atuações, foram os cavaleiros que mais vezes entraram nas arenas em 2018. Manuel Dias Gomes liderou o ranking dos matadores com 6 presenças e os forcados de Évora, Coruche, Cascais e Ribatejo todos com 16. "Com a retoma da economia, os portugueses começam já a sentir alguma folga no orçamento familiar e regressaram às touradas. São dois anos de crescimento, o que nos mostra que a tendência para o setor é favorável e positiva. Num ano de ataques falidos de alguns partidos contra a tauromaquia, a resposta dos portugueses foi dada indo às praças de norte a sul. Uma resposta clara de afirmação da liberdade e respeito dada pelos portugueses, em defesa da nossa cultura", considera Hélder Milheiro, Secretário-Geral da PróToiro. Esta informação estatística foi reunida pela PróToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia, com base no cruzamento dos dados da Associação Nacional de Toureiros e da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide. Esta análise permite um retrato mais fidedigno da tauromaquia em Portugal, uma vez que os dados da InspeçãoGeral das Atividades Culturais apenas refletem a atividade administrativa deste organismo em Portugal Continental. A Região Autónoma dos Açores, por reger-se por legislação própria, não está incluída, tal como espetáculos que não são abrangidos pelo regulamento taurino, como Barrancos ou os recortadores.
Mesmo assim, o relatório de 2018 da IGAC confirma os dados da PróToiro: - O número médio de espectadores por espetáculo foi, aproximadamente, de 2.190, representando um aumento próximo dos 10% em relação a 2017 e aproximando-se do segundo valor mais alto da década (em 2011, com 2.200) - Novos concelhos com espetáculos taurinos: 5 (Alenquer, Alvaiázere, Golegã, Mora e Seia) - Em 2018 registou-se um aumento no número de espectadores pelo segundo ano consecutivo. Em 2018 foram 379 000; em 2017 foram 377 952; em 2016 foram 362 057. - A praça de toiros do Campo Pequeno foi a que registou maior número de espectadores, com um total de, aproximadamente, 77.000, representando uma subida de 25% relativamente ao ano anterior.