A temporada tauromáquica em Portugal arranca dia 01 de fevereiro, em Mourão, no distrito de Évora, com a realização de um festejo taurino, que reúne jovens figuras do toureio de Portugal, Espanha e França.
Inserida nas tradicionais festas em honra de Nossa Senhora das Candeias, a iniciativa vai reunir em praça, a partir das 15:00, os cavaleiros Francisco Palha e David Gomes, cabendo as pegas aos forcados amadores de Santarém.
Na parte apeada vão estar em praça o matador francês Juan Leal, o novilheiro português João D'Alva, o recente triunfador da oportunidade aos jovens na praça de touros de Vistalegre em Madrid (Espanha), Manuel Perera, e o jovem Luís Silva, lidando-se exemplares da divisa de Calejo Pires.
A pequena feira taurina prossegue no dia 04 de fevereiro com a realização de um festival, pelas 15:00, com um elenco composto por seis matadores de touros: Cuqui de Utrera, Curro Díaz, El Cid, José Garrido, Manuel Dias Gomes e Joaquín Galdós, sendo os novilhos a lidar nesse dia pertencentes à ganadaria de Murteira Grave.
A temporada tauromáquica abre todos os anos no dia 01 de fevereiro em Mourão e, na maioria das ocasiões, encerra a 01 de novembro com um espetáculo no Cartaxo, no distrito de Santarém.
De acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), Paulo Pessoa de Carvalho, a temporada taurina em 2017 decorreu de forma "positiva" apesar de ter ficado marcada pela "trágica" morte de dois forcados.
"Infelizmente, foi uma temporada marcada pela tristeza, pela morte de dois forcados, tendo sido aquilo que mais marcou o setor. No entanto, ao nível do espetáculo, notámos este ano mais pessoas nas praças, o que é positivo", disse o responsável, em declarações à agência Lusa.
A temporada tauromáquica ficou marcada pelas mortes, ocorridas em setembro, dos forcados Pedro Miguel Primo, de 25 anos, dos amadores de Cuba, e Fernando Quintela, de 26, dos amadores de Alcochete, na sequência de colhidas em corridas de toiros realizadas, respetivamente, em Cuba (Beja) e Moita do Ribatejo (Setúbal).
Embora considerando as duas mortes "trágicas para toda a família taurina", Paulo Pessoa de Carvalho afirma que a "conjuntura e as vicissitudes" que o país atravessa não afetaram o setor, que terminou o ano com um "saldo positivo".
Fonte da Associação Nacional de Toureiros (ANdT) adiantou à Lusa que em 2017 realizaram-se 200 espetáculos tauromáquicos em Portugal, sendo este número idêntico ao registado em 2016.Foto Toureio.pt