Foi precisamente há 17 anos, no dia 12 de fevereiro de 2001, que faleceu uma figura histórica da tauromaquia nacional: Diamantino Viseu.
Começou por tourear vacas na antiga Feira Popular de Lisboa, hoje Fundação Calouste Gulbenkian. Depois de ter actuado algumas vezes como bandarilheiro amador na praça de touros de Algés e na Feira dos Saldos, no Porto, rumou a Espanha para concretizar o seu sonho de tornar-se o primeiro matador de touros de nacionalidade portuguesa, tendo debutado como novilheiro em Espanha, na praça de toiros de Toledo, corria o ano de 1944.
Em 1947 Diamantino Viseu receberia a tão esperada alternativa de matador de toiros, na Monumental de Barcelona, e em 15 de julho sendo seu padrinho Gitanillo de Triana, e testemunhas Agustin Parra, Parrita, e António Bienvenida. Lidou nessa tarde o toiro Comerciante, da ganadaria Juliana Calvo Albaserrada. Em 15 de julho do mesmo ano foi confirmá-la a Las Ventas, Madrid, tendo Pepe Bienvenida como Padrinho. No mesmo ano foi confirmá-la à praça de Las Ventas, em Madrid. Ainda em 1947 faria a primeira atuação na Cidade do México.
Uma das principais figuras portuguesas do toureio apeado, Diamantino Viseu foi contemporâneo de Manuel dos Santos, formando com este o cartel mais disputado de sempre do toureio a pé em Portugal.
Em 1958 protagonizou o filme "Sangue Toureiro", o primeiro filme português a cores, contracenando com Amália Rodrigues e depois de se retirar em 1972, no Campo Pequeno, haveria de publicar um livro de memórias em 1993. Foi o criador do Fundo de Assistência dos Toureiros Portugueses, o sistema de segurança social privado dos toureiros, que ainda hoje vigora.
No dia em que passam 17 anos sobre o desaparecimento de Diamantino Viseu relembramos aquele que foi uma das figuras maiores da tauromaquia portuguesa.Podes ver o documentário da RTP e conhecer a vida desta figura portuguesa.