A Direção Regional de Saúde de de Lisboa e Vale do Tejo emitiu ontem, a menos de 48h da realização da primeira das corrida de toiros agendadas para Santarém, nos dias 10 e 12 de Junho, respectivamente, indicando que todos os espectadores teriam de apresentar um teste Covid negativo.
A corrida de amanhã encontrava-se esgotada há várias semanas, com lotação limitada, sendo que ambos espectáculos estavam organizados dentro da lei vigente (as normas que regem as salas de espectáculos e os espectáculos tauromáquicos) que permitem uma lotação de 50%, como sucede em todas as áreas culturais, cumprindo todas as normas de segurança sanitária exigidas.
Esta exigência extra legal e discriminatória (nenhum outro espectáculo cultural teve até agora essa obrigação, nem estando tal exigência prevista na actual fase de desconfinamento) obrigou ao adiamento das duas corridas, por ser uma exigência impraticável, causando elevados prejuízos à organização, mas também ao comércio e restauração da região.
De destacar que o setor da cultura, e a tauromaquia em particular, funcionam deste Maio do ano passado e não foram até agora focos de nenhum surto, podendo afirmar-se que a cultura é segura, e em particular as praças de toiros enquanto salas ao ar livre.
Confrontados com esta situação, surgiu a convocação de um protesto nas redes sociais por parte dos aficionados, para a hora a que estava agendada a primeira corrida (17h) ao qual a PROTOIRO e as Associações que a compõem (Associação Nacional de Toureiros, Associação Nacional de Grupos de Forcados, Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide, Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos, Associação de Tertúlias Tauromáquicas de Portugal e a União das Misericórdias) dão o seu apoio público e confirmam a presença no mesmo.
PROTOIROFederação Portuguesa de Tauromaquia