Cerca de 5600 estudantes não podem impor a sua vontade aos restantes 18400. É mentira que esmagadora maioria dos portugueses queira o fim da tauromaquia.
Na sequência do resultado do referendo à continuidade da Garraiada na Queima das Fitas de Coimbra, vem a PRÓTOIRO – Federação Portuguesa de Tauromaquia comunicar o seguinte:
1. A Prótoiro é contra todo e qualquer fundamentalismo e não pode deixar de criticar a intolerância demonstrada por um pequeno grupo de estudantes que quer impor a sua vontade à dos outros e proibir um evento com 115 anos de história;
2. Os cerca de 5600 alunos que votaram no referendo, a bem da convivência democrática, não podem condicionar o direito à escolha dos restantes 18400;
3. A Prótoiro defende que os valores da liberdade, tolerância e diversidade, os mesmos que sempre caracterizaram a Universidade de Coimbra e que agora estão a ser colocados em causa;
4. O resultado de uma sondagem, levada a cabo pela Eurosondagem em 2011, demonstrou que 86,1 % dos portugueses não defende qualquer proibição das Corridas de Toiros; 32,7% declararam-se aficionados; 20,6% são indiferentes às touradas; 32,8% não é aficionado, mas não aceita que se retire a liberdade de escolha e 11% são contra as touradas, defendendo a sua proibição.
5. A Prótoiro já manifestou total apoio aos estudantes que desejam a continuidade da garraiada e que a vão realizar na Queima das Fitas de 2018.
Perante tudo isto, a Prótoiro coloca-se ao lado de quem defende os valores da liberdade e da salutar convivência em sociedade, criticando quem não aceita e não permite a liberdade individual de escolha, escondendo-se atrás de resultados pouco representativos.