Depois de publicada no passado sábado a Resolução do Conselho de Ministros que reabre o setor da cultura, tal como aconteceu há um ano, a cultura tauromáquica volta a ser excluída, não tendo autorização para avançar. Novamente as Praças de Toiros voltam a poder estar abertas mas para a realização de concertos e não de touradas.
O CDS-PP reagiu de imediato, acusando o Governo de discriminar o setor tauromáquico, ao não permitir o retomar das touradas, diferenciando a atividade do restante setor cultural no processo de desconfinamento, no âmbito da pandemia de covid-19.
Em comunicado, divulgado este domingo, o CDS-PP afirma que a situação é ainda mais grave "pelo facto de serem permitidos espetáculos em recintos tauromáquicos, mas não touradas".
"O setor tauromáquico é mais uma vez atacado gratuitamente por um Ministério condicionado a gostos pessoais de uma ministra [da Cultura, Graça Fonseca], e à pressão de grupos radicais minoritários na sociedade portuguesa".
O CDS-PP refere também que esta situação surge "a par da discriminação no IVA, da idade legal para assistir a espetáculos e ao atraso e omissão nos apoios ao setor cultural". O Partido continua, exigindo "respeito pela tauromaquia e pelos artistas que dela dependem para ganhar a vida" e recusam-se "a pactuar com políticas discriminatórias que atacam uma tradição portuguesa enraizada na nossa cultura há centenas de anos".
"Portugal é uma democracia plena em que as liberdades individuais de cada um devem ser respeitadas por todos e, acima de tudo, pelo Governo".