Em comunicado, a Associação de Tertúlias Tauromáquicas de Portugal condena diversos actos de discriminação e afirma "Temos de nos fazer respeitar e vamos fazer-nos respeitar":
"Nós, aficionados, estamos fartos de perseguições
Os movimentos anti-taurinos estão em atividade frenética e parecem acreditar que todos os meios servem para atingir os seus fins ilegítimos, com a cumplicidade e colaboração, ora passiva, ora ativa, das autoridades. A ação incompreensível da Delegada de Saúde de Santarém e as declarações de membros do governo, exorbitando as suas competências, no sentido de excluir as transmissões de corridas de toiros da programação da RTP, seguidas de uma declaração eivada de falsidades, ódio e sanha persecutória subscrita por alguns artistas, são dois casos notórios e recentes.
Na comunidade taurina imediatamente nasceu a indignação e se manifestaram várias vozes no sentido de reclamar que artistas subscritores da declaração de ódio anti-taurino deixassem de ser contratados pelas autarquias para atuar nas festas das populações aficionadas, por eles insultadas.
Trata-se de um ato de legítima defesa, não de censura como alguns disseram. Como foi slogan de uma conhecida cidade taurina de Portugal, "gostamos de quem gosta de nós".
Se esses artistas não gostam de nós, e o confessam, o mais natural é que não os convidemos para as nossas festas. E ainda menos que os contratemos para atuar nelas. É, pois, mera questão de bom senso não os contratar e esperamos bem que todas as autarquias assumam esse compromisso.
De facto, estamos fartos de ser perseguidos por gente que se sente impune quando ofende ou quando, pior ainda, atua contra nós ao arrepio da lei, quando devia ser responsável por a aplicar e fazer respeitar. Impune é como se deve sentir a Delegada de Saúde de Santarém que, à margem das leis e das regras estabelecidas, e contra elas, pretende impedir que a maior Praça de Toiros do país esgote a lotação definida para tempos pandémicos. Para além de atentar contra a saúde dos ribatejanos (saúde é bem-estar pessoal e coletivo, e não apenas ausência de doença), a senhora age como uma fanática qualquer, sentindo-se segura de que isso, ao contrário do que deveria acontecer, a sua ação não ditará a sua imediata demissão, por incompetência, parcialidade e abuso de poder.
Os movimentos anti-taurinos estão desesperados porque a Festa de Toiros não definha, como eles há séculos apregoam, e julgam que vale tudo e tudo podem. Mas não vale.
Os aficionados têm sido de uma enorme paciência e tudo têm aceitado sem protesto, envolvidos como estão apenas em viver a sua festa. Mas estão a ser ultrapassados todos os limites.
Temos de nos fazer respeitar e vamos fazer-nos respeitar. Este é o aviso que deixamos e ao mesmo tempo o apelo que fazemos a todos os aficionados do nosso país."
Alagoa, 6 de junho de 2021
Associação de Tertúlias Tauromáquicas de Portugal"